As práticas de pintura que usam o solo como pigmento natural, existem desde o tempo das cavernas e ainda são muito utilizadas no ambiente rural.
O resgate das técnicas da pintura feitas com terra; usando solos como pigmentos já permitiu, só aqui no Brasil; a catalogação de mais de 40 cores básicas, que podem ser inclusive misturadas entre si, resultando numa infinidade de cores e tons.
A releitura desse conhecimento tradiconal e popular vem colocando em evidência o valor do imperbeabilizante feito a partir do cactos de palma e/ou do que é feito com a cola de amido - conhecida como "grude" (usado em papagaios e pipas), que fazem com que a pintura se agarre bem nas paredes, impedindo que a tinta solte-se facilemente como outrora, quando fazia grande labuzeira no momento da aplicação e grudava em roupas e no corpo após aplicada.
Assim é, que a opção de menor custo na produção dessas tintas, é a receita formulada a partir da mistura de argila e o sumo da palma forrageira, planta originária do nordeste do Brasil, muito comum na Caatinga e no Serrado.
As tintas a base de terra podem ser aplicadas em interiores e exteriores, podendo inclusive serem utilizadas em pinturas artísticas, telas, quadros, madeira e em artesanatos em geral.
A principal vantagem desta tinta está no preço, já que uma lata de dezoito litros de tinta feita com a cola convencional sai por cerca de R$ 20,00 a R$30,00; a fórmula feita com sumo de cactos ou cola de grude não chega a custar muito mais do que R$ 5,00.
Isso já é por si só, um grande incentivo.
Pincipalmente para todos os adpetos do consumo consciente, quanto para as populações de menor renda.